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Bullying: Qual o impacto na carreira profissional?

novembro 17, 2023

Quem nunca recebeu um apelido quando estava no colégio? Ou mesmo dos familiares? Ou quem nunca deu um apelido para alguém? O bullying é quando essa “brincadeira” e esse “apelido” viram algo maldoso, que maltrata a pessoa que recebe.

O bullying costuma ser muito conhecido nas escolas e faculdades, mas esquecido no mundo do trabalho.

Porém, infelizmente, também é super comum ouvir casos de bullying no trabalho.

Seja através de fofocas, exclusões ou humilhações, o bullying no ambiente de trabalho pode prejudicar o desempenho e a saúde mental do colaborador, mas também a empresa. Confira a seguir os tipos de bullying, como identificar e como pedir ajuda.

O que é bullying?

O bullying é uma prática caracterizada por constantes agressões, que podem ser físicas, verbais e/ou psicológicas, podendo acontecer só uma delas ou várias ao mesmo tempo.

Ou seja, é o nome dado para aquelas situações em que alguém ou um grupo humilha, chantageia, xinga, expõe e/ou agride, com frequência, outra pessoa.

O bullying pode acontecer através de apelidos, perseguição, humilhação da vítima, exposição, roubo de objetos, fofocas, ameaças, agressões físicas, entre outras formas.

Já no trabalho, o bullying também pode ocorrer nas formas acima, além de outras, como: abuso de poder, críticas desrespeitosas, feedbacks negativos na frente de outros colaboradores, gritos, ser tratado de forma diferente do resto da equipe, entre outros.

Consequências, impactos e efeitos psicológicos do bullying nas escolas e no ambiente de trabalho

O bullying tem inúmeras consequências, que variam de pessoa para pessoa, porém, as mais comuns são:

  • Isolamento e falta de vontade de interagir e conversar.
  • Queda no rendimento na escola ou no trabalho.
  • Dificuldade de concentração e aprendizado.
  • Transtornos psicológicos, como depressão, ansiedade e síndrome do pânico.
  • Abuso de álcool e drogas como forma de “fugir” do que está acontecendo. 
  • Insônia.
  • Distúrbios alimentares.
  • Baixa autoestima e confiança. 
  • Tendências a violência e agressividade.
  • Mudanças bruscas de humor. 
  • Suicídio.
  • Entre outros.

O bullying, pode inclusive influenciar na escolha da carreira de alguém. Por exemplo, o Junior sempre sonhou em ser médico, mas sofreu bullying, onde os colegas faziam piadas sobre ele ser burro. Então, na hora de escolher qual profissão seguir, Junior achou que não poderia ser médico por não se achar inteligente o suficiente.

Como o bullying afeta o desempenho profissional

No mundo do trabalho, a pessoa que sofre bullying muitas vezes pode permanecer vivendo aquela situação para manter seu emprego, além disso, muitas vezes o responsável por esse bullying é alguém de cargo superior, dificultando a denúncia.

Em muitos casos, quando a pessoa que sofre o bullying tenta falar ou denunciar o assunto, os colegas não a apoiam, fazem piada ou a consideram “dedo-duro”.

Infelizmente, esse cenário traz vários prejuízos a vida de quem sofre, como vimos anteriormente, mas também a empresa, que perde com a diminuição da produtividade do funcionário.

E caso o bullying não seja interrompido e punido, a tendência é que não apenas o alvo da situação, mas toda a sua equipe apresente baixo desempenho.

Práticas de intimidação que perdurem por meses ou anos podem levar a impactos maiores, aumentando as taxas de faltas e rotatividade de empregados (ou seja, ninguém para naquela vaga).

Entretanto, independente do grau do bullying, ele impacta na produtividade, prejudica os resultados da empresa e pode acabar com a carreira do profissional. Por isso é tão importante denunciarmos e ajudarmos quem está passando por isso a denunciar também.

Assédio moral e discriminação no ambiente de trabalho

O assédio moral, é um dos nomes dados ao bullying e a discriminação no ambiente de trabalho.

Segundo uma pesquisa realizada pela BBC, metade dos trabalhadores passou ou está passando por agressões morais no trabalho. A pesquisa foi realizada com 4.975 profissionais de todas as regiões do Brasil, entre eles 52% sofrem ou já sofreram bullying no trabalho e 34% não sofreu, mas já presenciou situações assim.

Já uma pesquisa do instituto americano Workplace Bullying, 62% dos agressores são homens e 58% dos alvos são mulheres. As mulheres afirmam ter provocado outras mulheres em 80% dos casos. As violências mais experimentadas no papel de vítima foram em primeiro lugar o uso de apelidos (52,5%), em segundo lugar as intrigas e fofocas (47,5%), seguidas de brincadeiras de mau gosto (37,5%), humilhações (32,5%) e desprezo e exclusão (32,5%).

Como vimos, essas situações podem causar diversos prejuízos a vítima e a empresa e não devem ser ignoradas.

Para evitar isso, cabe as empresas criarem políticas para evitar e punir tais discriminações. Uma ideia é criar canais de comunicação, que permitam denúncias anônimas, para incentivar as vítimas a denunciarem e então, a empresa deve tomar providências contra o autor do bullying, como advertências, suspensões e até a demissão.

Recursos e apoio para vítimas de bullying no trabalho

O primeiro passo é não revidar e pedir ajuda rapidamente. Isso porque, quanto mais você esperar, mais aquela situação pode te afetar, trazendo prejuízos a sua saúde física e mental. E caso você revide, pode perder os argumentos na hora de denunciar o bullying.

Se possível, tente conversar com a pessoa, explicando que aquela situação não é legal, ou vá direto ao setor de RH, explicando o que aconteceu, de preferência levando provas.

Caso isso não funcione e a empresa não tome nenhuma atitude, você pode procurar o sindicato da sua categoria, a Justiça do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho, para pedir a abertura de um processo, que pode resultar em uma indenização.

Caso você decida pedir demissão por conta do assédio moral, pela lei, você tem direito a receber todos os direitos trabalhistas.

Conclusão

Como vimos, o bullying, quer seja na escola ou no trabalho, tem sérias consequências para a saúde física e mental de quem sofre, além de prejuízos no desempenho das funções.

O primeiro passo é não revidar e então buscar ajuda o mais rápido possível. Você pode fazer isso acionando o RH da sua empresa ou entrando em contato com a Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho.

No Instituto Ser+ nós defendemos que todas as pessoas merecem respeito, e prezamos pela diversidade e pela equidade de oportunidades, com cursos e iniciativas voltados para público 100% pretos e pardos, LGBTQIAP+ e deficientes. Conte conosco, nos mande uma mensagem e faça parte da nossa luta contra o bullying!

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