A importância da diversidade, inclusão e responsabilidade social é um dos destaques do Social em ESG. Além disso, o ESG demonstra quão...
O termo, cada vez mais usado entre companhias de todo o mundo, foca no impacto que uma empresa tem no meio ambiente e na sociedade – não à toa o Social é uma das palavras protagonistas. Além disso, o ESG demonstra quão robusta e transparente é a governança em termos de liderança da empresa, pagamento de executivos, auditorias, controles internos e direitos dos acionistas. Wandreza Bayona, diretora executiva do Instituto Ser+, alerta que os consumidores estão se preocupando, gradualmente mais, com as temáticas do ESG – como buscar toda a cadeia produtiva de uma empresa ou entender se seus colaboradores são diversos – e as empresas olhando para sua responsabilidade social interna, ou com seu produto e marca ou com o meio ambiente. Os três componentes que compõem ESG são, em inglês: environmental, social and governance. Se traduzidas para português, são: ambiental, social e governança.
O aspecto ambiental se concentra em como o negócio minimiza seu impacto no meio ambiente. Abrange os produtos/serviços da empresa, a cadeia de suprimentos e as operações. O ESG permite que a empresa atinja diferentes áreas de sua organização e implemente práticas mais sustentáveis e éticas. Exemplos de práticas de sustentabilidade incluem:
O aspecto social se concentra em como uma empresa impacta a sociedade em geral e a cultura o local de trabalho. As organizações podem contribuir positivamente para a sociedade, investindo em oportunidades e condições justas para funcionários, pessoas que trabalham na cadeia de suprimentos e comunidades locais. Igualdade está no centro deste aspecto e exemplos de práticas empresariais sociais e éticas incluem:
Ainda assim, para grande parte das companhias pode ser difícil chegar aos resultados esperados. “É muito importante ter uma empresa parceira para isso. Porque não é o core da empresa, não é o que sabe fazer, mas o que gostaria de fazer e o que quer aprender a fazer. Existem organizações como o Ser+ que sabem fazer isso, que já acompanham, que sabem capacitar mentorados e mentores, que já tem jovens há mais de 15 anos em um processo formativo. Ou seja, que já trazem uma bagagem e uma experiencia para que a empresa faça um programa com uma facilidade maior”, exemplifica Wandreza.
Em última análise, as empresas existem para gerar capital financeiro. Se não o fizerem, não poderão fornecer os empregos e benefícios sociais necessários para o bem estar de seus colaboradores. No entanto, no mundo de hoje, responsabilidade social e lucratividade andam de mãos dadas.
Fatores sociais influenciam cada vez mais a disponibilidade de capital. Uma empresa que reconhece os impactos sociais de suas decisões de negócios, receberá as pontuações ESG necessárias para atrair investidores ou progredir em direção a um IPO.
Os consumidores estão, cada vez mais, considerando fatores sociais em suas decisões de compra. Por isso, com o tempo, o consumidor recompensará as empresas que minimizarem sua exposição a questões sociais. Soluções inovadoras para questões sociais também podem revelar oportunidades de geração de receita em novos mercados, produtos ou linhas de serviço.
Abordar questões de equidade, diversidade, segurança e qualidade de vida pode melhorar a capacidade de uma empresa de atrair e reter funcionários talentosos e aumentar a produtividade por meio do aumento da moral interna e do envolvimento dos funcionários. Instituições como a Ser+ são alavancadores nessas mudanças, com diversos programas, como os de mentoria. “A ideia da mentoria é fazer com que colaboradores, líderes, estagiários, ou seja, todos os stakeholders envolvidos na mentoria possam aprender um pouco sobre como é lidar com a questão profissional, com a vaga de primeiro emprego, como é bacana fazer a inserção da diversidade dentro das empresas”, explica a diretora executiva do Ser+. Além disso, é uma experiência prática pois jovens que estão no início de carreira ou no final de sua formação estão recebendo uma carga muito forte de competências, conteúdo e experiencia para que possam entrar no mercado de trabalho de forma diferente. E, por outro lado, as companhias também ganham porque essa atividade prática faz com que seus colaboradores possam cada vez mais ter contato com esses jovens e entender sua importância dentro do contexto de negócios. “Parte disso faz com que as empresas se abram mais para o novo, se abram para a diversidade e entendam como é importante fazer essa oxigenação e trazer pessoas novas e dar oportunidade para esses jovens em começo de carreira”, complementa Wandreza.
Diversidade, equidade e inclusão (DE&I) são mais do que políticas, programas ou o número de colaboradores. A presença de diferenças dentro de um determinado ambiente é referida como diversidade. A prática de garantir que os sistemas e programas sejam imparciais, justos e forneçam resultados equitativos para todas as pessoas é conhecida como equidade. Inclusão é a prática de garantir que as pessoas tenham um sentimento de pertencimento no local de trabalho. Por que DE&I é importante? Um local de trabalho diversificado, equitativo e inclusivo faz com que todos se sintam igualmente envolvidos e apoiados em todas as áreas. Esses esforços são mais do que uma tentativa de fazer as pessoas se sentirem bem; eles têm benefícios tangíveis para funcionários e empresas, como:
Uma parte significativa do envolvimento dos funcionários se resume à confiança. Em sua pesquisa sobre a cultura da empresa, o Great Place To Work descobriu que, quando os funcionários confiam que eles e seus colegas serão tratados com justiça, independentemente de raça, sexo, orientação sexual ou idade, é mais provável que anseiem por ir trabalhar, orgulhar-se de seu trabalho e a dedicar mais tempo de sua carreira à empresa.
A governança refere-se aos processos de tomada de decisão, relatórios e logística na administração de um negócio. Também analisa o comportamento ético do negócio e sua transparência com as partes interessadas sobre suas atividades. Exemplos de práticas de governança incluem:
Com os investidores perguntando cada vez mais sobre o que a empresa está fazendo em relação ao investimento responsável, como trata funcionários e fornecedores, sua dedicação a iniciativas de sustentabilidade e outras atividades que se enquadram no ESG, é importante ter respostas para essas perguntas. Uma avaliação de materialidade ESG permite relatar facilmente seu estado atual e delinear iniciativas futuras, levando em consideração suas metas e riscos de negócios.
O Instituto Social Ser+ desenvolve diversos programas que têm o foco Social em ESG. Wandreza explica que as empresas precisam olhar para dentro para entender o que podem fazer no âmbito social para contribuir com as comunidades, com os seus colaboradores que muitas vezes residem em comunidades, para ampliar o acesso à educação e para que os colaboradores sejam ainda mais ativos nessa empreitada. “O Ser+ desenvolve diversos programas e projetos associados às empresas, como os projetos in company. Nesses casos, nós nos sentamos com as organizações para definir qual o caminho é o mais eficiente e possível para dar sua contribuição ao social”, resume a diretora executiva. “A nossa contribuição é identificar o DNA da empresa para desenvolver um projeto detalhado, mas que também agregue valor a sua estratégia de negócio e marca. Quando a gente desenvolve algo de responsabilidade social, temos que entender que isso é bom para a empresa, para o negócio, para a estratégia, para a comunidade e para a educação”, complementa Wandreza. A executiva também frisa a importância do Social internamente. Ela diz que o Instituto olha para cada funcionário e para os planos de contratação para ser uma instituição que respeita e acolhe todos os colaboradores. Inclusive, nas ações em parceria com a iniciativa privada, as mesmas organizações patrocinadores acabam contratando diversos jovens formados pelo próprio programa em parceria com o Instituto Ser+. “No âmbito de pessoas, o Instituto pode contribuir para o entendimento das empresas de contratações diversas, mostrando que esse público pode fazer uma carreira na organização e que pode se desenvolver ali. Temos projetos de capacitação de gestores, programas de voluntariado, mentoria, entre outros”, finaliza Wandreza. Fontes: British Business Bank. https://www.british-business-bank.co.uk/finance-hub/business-guidance/sustainability/what-is-esg-a-guide-for-smaller-businesses/ Mhe. http://www.mhes.com/understanding-esg-social-factors/ Conservice. https://www.gobyinc.com/the-social-aspect-of-esg/